EUA, Europa e Ásia recorrem às reservas de petróleo

A Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou ontem que vai recorrer às reservas de emergência de crude para fazer face à ausência de cerca de 132 milhões de barris provenientes da Líbia. Uma decisão que já provocou reacções na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e que, segundo o presidente executivo da espanhola Endesa em Portugal e ex-secretário de Estado da Energia, Nuno Ribeiro da Silva, é uma "declaração de guerra" à OPEP.

"Não há escassez de petróleo e há a possibilidade de se aumentar a produção, logo, esta decisão é uma declaração de guerra dos países importadores aos países produtores de petróleo", explicou Ribeiro da Silva ao Diário de Notícias/DinheiroVivo, acrescentando que "abrir a torneira das reservas é um braço-de-ferro relativamente aos preços".

No total serão dispensados 60 milhões de barris de petróleo, dois milhões por dia nos próximos 30 dias, provenientes dos EUA e de mais 27 países da Europa e da Ásia. Os Estados Unidos serão responsáveis por libertar 30 milhões de barris, à Europa caberá uma comparticipação de 30% do total e à Ásia 20%.

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