Mais de 500 milhões para o biodiesel

Os biocombustíveis estão como nunca na ordem do dia. Só esta semana foram tema abordado na cimeira UE/Brasil e assunto de conferência em Bruxelas. O preço do petróleo a aumentar ajuda a reforçar a sua importância. É que para além de representarem uma das soluções para a redução dos elevados níveis de emissões de CO2 do sector dos transportes, também diminuem a dependência energética do petróleo.

Para os investidores, constituem uma oportunidade de negócio e um desafio. Portugal tem sido neste campo ambicioso nas metas estabelecidas. Assim, enquanto a União Europeia exige que até 2010 5,75% do consumo nos transportes seja já assegurado por biocombustíveis, o Governo português quer que esta meta se eleve para 10%. Como no País, a indústria partiu quase do ponto zero, começam agora a surgir os grandes investimentos, incluindo os de petrolíferas como a Galp, que jogam nos dois negócios: o do petróleo negro e o do petróleo verde, como são chamados por Sampaio Nunes, um dos responsáveis por outro grande projecto.

Ao todo, os grandes projectos já anunciados só para a produção de biodiesel - o biocombustível com maiores oportunidades de mercado em Portugal e na Europa que são deficitários em gasóleo - representam mais de 500 milhões de euros de investimentos. Já o fabrico de bioetanol, o biocombustível incorporado nas gasolinas produzido a partir de cana-de-açúcar, beterraba e milho, tem para menos procura. A Galp apostou no biodiesel, propondo-se investir 225 milhões de euros na construção de duas biorrefinarias para processamento de 500 mil toneladas de biodiesel de segunda geração em 2010.

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