Portuguesa quer criar biocombustível com microalgas

Produzir biocombustível a partir de microalgas é a última aposta de Craig Venter, o homem que investiu 40 milhões de dólares (31,4 milhões de euros) para criar a primeira célula artificial ou 300 milhões para competir com o projecto público que sequenciou pela primeira vez o genoma humano. Agora, a área em que Venter quer investir 600 milhões de dólares nos próximos anos vai ter uma frente europeia na Holanda, o projecto AlgaePARC (Centro de Investigação e Produção de Algas). Uma das coordenadoras do centro, que arrancará no final de 2011, é portuguesa e assinou este mês um artigo na "Science" em que defende que o sonho verde pode ser concretizado dentro de 10 a 15 anos. Ao i diz que Portugal tem boas condições para não ficar fora do mapa.

Maria Barbosa lidera a unidade de investigação em alimentação e biologia do projecto AlgaePARC, que recebeu 2,25 milhões de euros de financiamento do governo holandês, além da participação de 14 empresas internacionais. O projecto vai testar "diferentes tecnologias em termos de produtividade, estabilidade, custo de produção e energia consumida", explica a investigadora da Universidade e Centro de Investigação de Wageningen. O objectivo é desenvolver um novo sistema em que a produção de microalgas seja mais económica e perceber como serão as fábricas do futuro.

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